Ser desenhista é um desafio repleto de nuances, um caminho cheio de incertezas e sentimentos conflitantes. Quantas vezes você já se pegou questionando seu talento, sentindo que o esforço não traz os resultados esperados? Esse é um dilema comum a muitos artistas. O receio de não ter a habilidade necessária pode te levar a crivos cruéis, mas a verdadeira questão é como lidar com isso.
A verdade é que todos nós dispomos de 24 horas por dia. Nesse tempo limitado, cada um de nós enfrenta uma batalha interna. Você pode se sentir sobrecarregado por comentários depreciativos ou por suas próprias críticas. Esse turbilhão emocional pode ser paralisante, mas, ao mesmo tempo, é fundamental entender que a nossa visão sobre essas dificuldades pode ser um ponto de virada. Se você já sentiu que a pressão externa e interna é demais, saiba que existem métodos metodológicos que podem te ajudar a persistir.
Primeiramente, a disciplina é um elemento crucial, mas não é a única resposta. Como você adquire essa disciplina? Como você arca com as expectativas, seja delas ou suas? O primeiro passo é focar no que podemos controlar: nossos pensamentos e nossas reações. A forma como você responde às críticas – tanto externas quanto internas – pode fazer toda a diferença. Para isso, é preciso cultivar um espaço de silêncio e solitude, permitindo-se momentos de reflexão e autoconhecimento.
A solitude, diferentemente da solidão, fornece um tempo precioso para dialogar com você mesmo. É nesse espaço que você pode avaliar suas inseguranças e redimensionar suas expectativas. Você deve se tornar seu maior apoiador, evitando o hábito de autocrítica excessiva que pode se transformar em um obstáculo. Lembre-se: ser seu próprio amigo é essencial para manter a autoestima e a motivação.
O próximo passo envolve estabelecer metas palpáveis. Em vez de clamar por ser “o melhor desenhista”, proponha objetivos claros e alcançáveis. Que tal terminar uma série de 20 desenhos em um mês ou finalizar uma história em quadrinhos para um evento específico? Metas concretas tornam o processo mais gerenciável e menos apressado, permitindo que você sinta orgulho do progresso.
E, enquanto busca essas metas, é vital que você crie um ambiente livre de distrações. Durante seu tempo de produção, torne-se “incomunicável”. Desconecte-se das notificações e redes sociais, definindo um espaço onde a criatividade pode fluir sem interrupções. Aumentar a produtividade requer foco, e eliminar ruídos externos é um passo fundamental. Quanto mais você se despir de estímulos negativos, mais conseguirá manter a liberdade criativa.
Ao longo dessa jornada de autodescoberta e prática, você pode perceber que a autocrítica se torna um aliado. Ela ajuda a lapidar seu trabalho, fazendo com que você avalie a relevância de suas ideias e que seu projeto se sustente em uma base sólida. Quando você conquistar um resultado tangível, o reconhecimento virá. E mais importante, não busque validação externa incessantemente, pois isso pode se tornar uma armadilha.
Por fim, abrace estes momentos de empolgação e desânimo. Eles são parte do processo criativo. Ao tornar-se mais seletivo em quem escuta e em quem compartilha seus sonhos, você estará investindo em sua autoconfiança. O caminho do desenhista é muitas vezes solitário, mas suas conquistas serão suas melhores defesas contra as críticas.
Viva sem arrependimentos, busque sempre evolução e lembre-se que o verdadeiro impulso vem de dentro. A arte é uma expressão do que você é e do que pode se tornar. Portanto, desenhe como se o mundo dependesse da sua criação, porque, no fundo, depende sim. A vida é sua, e a trajetória é única; faça dela uma bela obra-prima!
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