Inteligência Artificial e Design: Aliados ou Inimigos?

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É incrível como as pessoas têm uma resistência natural às novidades. Recentemente, assisti a uma live de um especialista que domina a vitrinização e ensina a trabalhar com Adobe Illustrator. Durante a transmissão, ele comentou algo que me chamou muito a atenção: como a inteligência artificial (IA) está sendo vista como uma ameaça ao trabalho do designer. Para ele, ser designer é muito mais do que simplesmente usar ferramentas; é uma habilidade que envolve recortes e criações manuais. E, de certa forma, ele está certo, mas sua visão carece de algumas nuances.

A IA não exime um designer de fazer o trabalho à mão; pelo contrário, ela pode ser uma aliada poderosa. O designer deve entender as regras do design para que possa aplicar a tecnologia de forma eficaz, respeitando princípios fundamentais de harmonia, cor e composição. A IA pode ajudar a otimizar processos, permitindo que o designer se concentre em criar, enquanto tarefas repetitivas, como recortes e ajustes, são feitas mais rapidamente. Como mencionado no curso sobre pintura digital, a habilidade humana em design e a IA podem coexistir e potencializar a qualidade do trabalho.

Durante a live, o designer ressaltou sua própria preferência por Adobe Illustrator e a dificuldade que poderia ter com CorelDRAW. Essa é uma realidade para muitos profissionais — a necessidade de dominar diferentes ferramentas. É essencial lembrar que, independentemente da ferramenta, ter versatilidade é crucial na carreira de um designer. As gráficas nem sempre utilizam o mesmo software, e a adaptabilidade pode ser a chave para o sucesso. Muitos designers ainda enfrentam o dilema de ser “dependente” de uma ferramenta, mas ser flexível em relação a isso pode abrir caminho para novas oportunidades.

A IA não deve ser vista como uma substituta, mas como mais uma ferramenta no arsenal do designer. Usar IA para criar um recorte perfeito, por exemplo, não diminui a habilidade do designer, mas sim aumenta sua eficiência. Em vez de gastar horas cortando uma imagem, o profissional pode usar esse tempo para aperfeiçoar outros aspectos da arte, resultando em um trabalho mais elaborado e refinado, liberando espaço para a criatividade.

Muitos podem argumentar que depender da IA para tarefas simples é um sinal de preguiça ou falta de habilidade, mas é importante desmistificar essa ideia. A revolução digital trouxe diversos recursos que facilitam a vida dos designers. Se o Photoshop já incorpora ferramentas de IA para agilizar processos, por que não aproveitar essas inovações?

A verdadeira questão não é resistir às mudanças, mas saber integrá-las ao seu cotidiano. Aprender as bases do design, como fazer um bom recorte e entender a composição, é crucial. Não é suficiente apenas conhecer a IA; um bom designer deve estar sempre aprimorando suas habilidades, seja por meio de cursos ou pela prática constante. Essa mistura de conhecimento prático e a incorporação de tecnologia faz do designer um profissional mais qualificado e procurado no mercado.

Em resumo, é claro que a IA está mudando a forma como trabalhamos. As novas ferramentas estão aqui para ficar, e a resistência a elas pode ser um caminho para a obsolescência. Abraçar a inteligência artificial como uma aliada pode não só aumentar a qualidade e a agilidade do trabalho, mas também garantir que o designer permaneça relevante em um mercado em constante evolução. Portanto, ao invés de ver a IA como uma concorrente, devemos encará-la como uma parceira na criação de designs mais impactantes e inovadores.

Para mais informações sobre a importância de se atualizar no mercado, confira também o artigo sobre estampas exclusivas.

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